QUAL É A NOSSA FAVORITA?


Veja o filme antes de ler o texto



Não tivesse sido este vídeo que vos mostro ter chegado ontem à minha caixa de correio electrónico, e estaria aqui hoje (finalmente!) a falar daquilo que toda a gente fala – freeport. Mas como toda a vida me tive como um desalinhado, melhor, um inconformado, não o faço por mal, é uma questão de carácter, acho, não me parece que casos como o do “freeport” sejam novidade nos dias e tempos que correm. Aliás, aflige-me ver que de repente parece que toda a gente acordou para o facto de a corrupção existir entre os membros de quem nos governa quer no poder central quer ao nível das autarquias. Serei louco e desbocado se disser que vivemos situações como a do “freeport” quase diariamente, há muitos, muitos anos? E que nada, a ninguém, tem acontecido? Não, não me parece mesmo. Claro que neste caso a coisa “pia mais fininho”, sobretudo porque ninguém gosta nos tempos que correm de quem detém o poder, de quem nos governa, pelo menos por muito tempo. A “coisa” está mal e achamos sempre que quem nos governa não faz tudo o que está ao seu alcance para suavizar a situação, antes pelo contrário, temos por hábito pensar que tudo o que “eles” fazem antes de mais alguma coisa é salvar a própria pele. E é somente por isso que Sócrates está em maus lençóis. E é por isso que até ao limite, da sua, ele vai encher a nossa paciência com justificações que nunca nos vão chegar. Mas, ainda assim, temos a certeza absoluta que ele vai tentar. Está no sangue. Impossível ser diferente. E é por sabermos isso de antemão que deixamos de acreditar. Que há muito deixámos de acreditar. Nele e em todos os outros, mas sobretudo nele, porque é quem tem a responsabilidade maior. Porque achamos que ele não se vai cansar nunca e apenas porque quer segurar o lugar. E este é o ano das eleições. E é por isso que eu, também como a maioria dos portugueses, estou farto do seu snobismo e da sua relutância em nunca se assumir como um ser humano que de vez em quando comete erros, que não quero saber, e não vou falar do “freeport”. Que se dane! A mim, quem me tem convencido nos últimos tempos é o “voto em branco”, mas disso falarei futuramente.
O assunto do “post” de hoje é bem mais doloroso e triste que qualquer situação de corrupção e tráfico de influências relativas a um “outlet”, como aliás já terão percebido pelas imagens que hoje disponibilizo neste blog. Creio que se já viu as imagens, já nem se deve lembrar do caso relacionado com um centro comercial numa povoação chamada Alcochete, até há bem pouco tempo conhecida apenas por causa da Academia do Sporting. Creio que se já viu as imagens ainda deve estar com um nó na garganta, com um sentimento de revolta que só dá vontade de achar que casos como o “freeport” em comparação até dão é vómitos.
Este filme que aqui vos deixo é apenas um muito curto excerto de uma reportagem de um canal de televisão norte-americano (exactamente! O país que elegeu Obama), sobre racismo, e que foi exibida poucos dias antes da tomada de posse que sensibilizou o Mundo inteiro.
A propósito, que atire a primeira pedra quem neste nosso “mundinho” ocidental ainda não encheu o quarto das meninas com uma mão cheia de “barbies”!?...
É, não é? Pensaram então estar imunes? Sei que esse coraçãozinho é frágil. Foi fácil sentir as lágrimas a escorrer pela face quando viu o que certos adultos são capazes de fazer às crianças. Mas, afinal, a perfeição não é loira, e não terá olhos azuis?
Mas…é isso que nós vendemos…e é isso que nós compramos aos nossos miúdos.
Ah, pois é!

Agora veja o filme outra vez e sinta raiva por contribuir para o racismo que existe neste nosso Mundo. Custa, não custa? Eu sei que custa. Mas, será que vai ter coragem de o ver mais uma vez?