I STARTED A JOKE

Consegui escrever um texto original (coisa rara nos últimos dias!), enquanto escutava a música que se segue, e sob o efeito de um belo uísque irlandês (o melhor do Mundo!). Da cigarrilha nem vale a pena falar, essa está sempre ao canto da boca.




Começo sempre brincadeiras que não tenho vontade de continuar. Sinto permanentemente em mim uma tremenda excitação em encetá-las mas no fim acaba sempre por me faltar a coragem de levá-las por diante.
É um estúpido de um problema comigo mesmo. Sinto o gozo maior em atrair, mas perco rapidamente o gosto quando me sinto atraído.
Há qualquer coisa em mim que não bate certo nesse sentido. É algo natural, é isso que sinto, é algo mais forte que eu, algo que me transcende, mas que não consigo evitar.
A vida não me assusta. Viver é o que temos de fazer – sempre o disse – da melhor maneira e sentindo o maior prazer que da curta passagem por este mundo conseguimos extrair. Mas, e o resto? Que género de pessoa serei eu que consigo facilmente fazer desabrochar uma flor que até me deu algum trabalho depois de deitar a semente à terra, para a deixar secar assim que lhe observo o esplendor…as primeiras pétalas?
I Started a Joke…vezes sem conta, e sem conta as vezes que as vejo desvanecer mal lhes sinto qualquer sentido…e aroma.
Um dia – porque lá em cima Ele não dorme – pagarei por isso. Mas, mesmo assim, tenho a certeza que morrerei feliz. Porque, I Started a Joke todas as vezes que quis e senti-me tão bem por isso.
É a preguiça que me domina. Não sei que faça. Não sei que sinta. Só sei que começo brincadeiras que não tenho vontade de continuar.
No trabalho, no amor, na minha vida…I Started a Joke! O problema é sempre o mesmo. O que vem a seguir.