O BOM CONVERSADOR

Durante alguns instantes, fiquei tentado a escrever sobre futebol neste post de hoje. Mas, depois de uma reflexão aprofundada que terá durado cerca de um minuto, achei que não valia a pena. E porquê? Porque nem Sporting, nem Benfica, merecem a perda de tempo e de palavras. Porque do FC Porto nunca tenho vontade de falar ou escrever. Do Braga? Esse (!), não conta sequer para o campeonato. Dos árbitros portugueses? Coitaditos…Não vale a pena desperdiçar uma palavrita que seja.
Assim sendo, optei esta segunda-feira por homenagear o bom conversador, com umas breves, mas sentidas palavras, que todo o bom conversador merece.
Portanto, aqui fica a minha modesta contribuição.

Primeiro, leia o texto que se segue. Só depois ligue o vídeo que de certeza vai absorvê-lo.

O bom conversador
deixa-se levar pelo assunto. Não se está a preocupar com a ordem das ideias que expõe:
fala pelo gosto de falar.
Não se incomoda de ficar em evidência, e como não se prende com a lógica, está sempre disposto a contradizer-se e a mudar de ideia se necessário.
Também admite logo não ter pretensões a ser a única fonte de sabedoria do mundo.
Talvez no fim da palestra estejamos intimamente convencidos de que somos mais sagazes ou mais profundos que o nosso interlocutor mas, na verdade, devemos confessar que nos prendeu a atenção, divertiu-nos, obrigou-nos a pensar e, o que é mais importante, aumentou o nosso conhecimento dos homens, revelando-nos uma nova personalidade.
E certamente procuraremos,
de novo,
a sua companhia.