O PAÍS EM QUE EU "VIVO"

Hoje é Dia das Mentiras.
Por isso, estou em crer que ninguém levará a mal se eu exagerar um pouco quanto ao estado actual de Portugal, e escreva por aqui uma série de coisas que gostaria de ver concretizadas no nosso País. Uma mão cheia de mentiras, é o que é!

Pois, as coisas não estão bem assim como estão?...




Eu, português, VIVO num País independente, uma nação livre. Livre da corrupção, da desonestidade e do compadrio. Livre das drogas, das armas de guerra e dos discursos vazios. Da violência de todas as cores.

Eu, português, VIVO num País onde as crianças podem sair à rua, para brincar, sem medo de ser raptadas a qualquer momento. Possam ir à praia, ao campo, jogar futebol em qualquer ringue de qualquer bairro, sem que tenham de se esquivar de balas perdidas.

Eu, português, VIVO num País onde se respeita o idoso, não porque ele não tenha a destreza da juventude, mas porque nele se reconhece a experiência dos anos vividos e das contribuições à sociedade por largos anos de trabalho.

Eu, português, VIVO num País sem medo do amanhã. Um país que tem os olhos no futuro e, por isso, investe na formação do cidadão. Um País com escolas, bibliotecas e museus, com portas abertas, gratuitas, e de livre acesso a todos. Um país que preza o seu passado e nunca esquece os seus heróis. Dos heróis que defenderam as suas fronteiras, com armas, com leis, com a vida e com a voz. Dos heróis de todos os dias, de todas as raças, que deixaram a sua terra natal e adoptaram uma nova pátria. Dos heróis que suaram sangue, trabalharam duro, desbravaram matas, criaram filhos. Dos heróis que a História venera. Dos heróis que deram a sua vida pelo ideal de uma nação sem escravidão. Uma nação de irmãos.

Eu, português, VIVO num País responsável, onde os governantes são conscientes dos seus deveres. E onde o povo elege os seus representantes, não iludidos por promessas utópicas, mas porque conhecem a vida honrada dos candidatos e as suas propostas maduras, coerentes, viáveis de aplicação a curto, médio e longo prazo.

Eu, português, VIVO num País justo, que ampara quem trabalha, não àquele que apenas sabe enumerar pretensos direitos. Um País que protege os seus filhos, preserva as suas riquezas, distribui os seus bens.

Eu, português, quero continuar a viver num País real. Um País possível. E isso só depende de mim, de si, e de cada um dos seus mais de 10 milhões de habitantes.