SWING A 1000

O Macho Latino português morreu. O País mudou e ninguém se apercebeu disso. Vem isto a propósito de uma notícia que li hoje no Correio da manhã sobre o V Salão Internacional Erótico de Lisboa que dava conta que 1000 casais (isso mesmo! Ora, isto dá duas mil pessoas - 2000) passaram pela área swinger durante os três dias do evento. "Só no sábado recebemos 400 casais e nos três dias cerca de mil. É um fenómeno a crescer muito em Portugal. Estive cá há dois anos e as coisas evoluíram muito", revelou o espanhol Pepe Cera, director da revista ‘Gente Libre’, que este ano explorou o espaço dedicado à troca de casais no salão de Lisboa.
O espaço tinha um bar, uma cama de dossel ao centro e oito mesas à volta. A entrada custava dois euros por casal. “Existe muita curiosidade em relação ao swing”, confirma ao CM a sexóloga Vânia Beliz, que deu consultas no Salão Erótico e ficou impressionada com as “filas enormes” para entrar na área swinger.

Que dizer disto quando ONTEM apenas se achava que o português era de uma “raça” muito especial e particular(?) – MULHER MINHA É SÓ MINHA E DE MAIS NINGUÉM, E FICA EM CASA A TRATAR DOS FILHOS. MAS EU… SOU HOMEM… SOU DIFERENTE… TENHO OS MEUS DIREITOS.
Ora, bem vistas as coisas, este pensamento “já foi chão que deu uvas”.
Na verdade, isto reflecte uma série de outras coisas para as quais só os mais distraídos ainda não tinham dado conta. As de que o Portugal conservador, da missa dominical, do terço, do jantar à hora marcada, da camisa passada, do sexo para procriação e só com amor à mistura e da libertinagem pura e simplesmente masculina MORREU.
Hoje, neste País, as mulheres dizem à boca cheia que são adeptas da “queca mágica” na cara dos homens (para os mais desatentos: fez o que tinha a fazer, agora vista-se, ponha-se na alheta, e desapareça da minha vista!). Os homens julgando antes que isso era um alívio, começam hoje verdadeiramente a sentir calafrios quando imaginam que vão ficar sozinhos para sempre e que não conseguem ninguém que lhes aqueça os pés nas noites mais frias. Hoje, os homens ainda saem para ir ter com os amigos e beber umas cervejas, mas as mulheres nem esperam ouvir o ronco do motor, saem exactamente à mesma hora, e pedem-lhes boleia até ao bar onde estão as outras amigas à sua espera. E cada um segue para o seu lado, sem saber bem onde vão acabar a noite. Mais tarde, até podem por um tremenda coincidência dar de caras um com o outro enquanto ambos se despem no meio de umas quantas pessoas com as hormonas aos saltos, e cumprimentam-se, e beijam-se, e ao início da madrugada saem dali bem juntinhos como se tivessem apenas despido e vestido o casaco… e seguem normalmente a vida. A isto chama-se EVOLUÇÃO sexual. É quando o sentimento puro e duro pela outra pessoa não chega. O físico também conta. O problema é que para o homem sempre contou primeiro a satisfação física que tudo o resto. A única coisa que transparece neste TEMPO é que a mulher achou que era também a sua hora de tirar algum proveito da sexualidade. Mas como sempre foi um ser mais perfeito que o homem, inventou esta coisa do SWING para poder ter sexo com os outros homens… e com o consentimento do próprio.
O homem talvez não saiba, mas para mim esta coisa do SWING é uma invenção da espertalhona da MULHER.

Sejam Felizes! Casem, descasem, abortem, matem-se… mas sejam felizes.