NA CAMA COM… AGNETHA E ANNI



Através do espelho Agnetha ia vendo que eu estava atento a todos os seus movimentos mas não ousou virar-se nem proferir qualquer palavra. Após esfregar o cabelo com a toalha pegou numa escova e penteou-se. A seguir parou a observar o seu próprio corpo, primeiro de um lado, depois o outro.
Eu sentia-me extremamente calmo, enquanto admirava o corpo daquela mulher escultural ali frente ao espelho, até ao momento em que de repente ela começou a massajar lentamente um dos seios. Enquanto isso a outra mão foi até ao ventre e vagarosamente foi descendo até parar no seu sexo. Aí, Agnetha fechou os olhos, atirou ligeiramente com a cabeça para trás e ficou assim, durante alguns segundos a masturbar-se. Como se de um ritual se tratasse, por vezes abria os olhos, olhava-se, se calhar olhava-me também, via como estava eu a reagir, gozava-se a si própria e soltava sumidos gemidos que só eu conseguia perceber.
Estava a atravessar o meu maior momento de excitação quando Agnetha se apercebe da entrada de Anni no quarto e pára de se tocar. Trocam palavras uma à outra que não consegui captar e para meu espanto vejo Agnetha atravessar-se no fim da cama, junto aos meus pés, de barriga para baixo. Anni, completamente nua, sobe para cima da amiga, ficando com os joelhos ao lado das suas ancas, e começa a massajar-lhe as costas.
As duas eram muito íntimas de certeza, disso não restavam mais dúvidas. Anni usava não só as mãos como também o seu sexo directamente nas costas e nas nádegas de Agnetha que estava com um sorriso maravilhoso estampado no rosto durante aquele vai-vem proporcionado pela amiga.
Alguns instantes depois decidiram inverter as posições. Mas a massagem a Anni durou pouco tempo. Percebi que Agnetha já estava muito excitada e sem se conter começou a percorrer as costas da parceira com a língua. Anni não escondia a satisfação que estava a sentir. E eu também não, embora para elas a minha presença até ao momento não fosse de todo necessária. Ou talvez aquilo fizesse parte do jogo. Sem preocupações resolvi ir gozando o que estava a observar acreditando que a qualquer altura elas me fariam entrar em cena.
Com uma tremenda excitação bem visível no rosto de ambas vejo Anni, após ser lambida desde o pescoço até às nádegas, colocar-se na posição de quatro, dando espaço para que Agnetha conseguisse enfiar a cabeça por baixo das suas pernas e lhe desse umas sensuais mordidelas naquele sexo que já devia estar bastante molhado e que eu também ambicionava provar.
Naquele momento não me contive. Abri a toalha que me cobria o pénis já no ponto máximo da excitação e fui esfregando vagarosamente a minha mão nele. Anni olhou para mim, sorriu, e deslizou na cama na minha direcção enfiando toda a sua língua dentro da minha boca. Senti-me louco e receoso de não conseguir aguentar por muito mais tempo o orgasmo quando na hora Agnetha abocanhou o meu pénis. Livrei-me por segundos da língua frenética de Anni e inspirei profundamente de olhos cerrados experimentando uma sensação louca de prazer como ainda não tinha tido nunca na vida. Não daquela maneira.

(Excerto do livro “AS PORTAS ou a morte de um mito”, publicado em 2003)