POEMA AOS AMIGOS

“Parece-me fácil viver sem ódio, coisa que nunca senti, mas viver sem amor acho impossível.”

Numa altura em que decorre o ciclo “Fervor de Buenos Aires” que mostra fotografia, cinema, dança, teatro, literatura e música no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, aproveito para no post de hoje celebrar a amizade com as palavras do grande escritor argentino Jorge Luís Borges. Contudo, quero antes aqui deixar uma nota importante: o que vai ler a seguir foi por mim traduzido do espanhol, e o meu espanhol é patético, por isso as minhas desculpas antecipadas pelos eventuais erros.
A música que, provavelmente, já estará a escutar, para acompanhar as belas palavras de Borges, são de outro argentino: Astor Piazzolla.




Não posso dar-te soluções para todos os problemas da vida
nem tenho resposta para as tuas dúvidas ou medos
mas posso escutar-te e compartilhar contigo...

Não posso mudar o teu passado e o teu futuro
mas quando precisares de mim, estarei junto a ti

Não posso evitar que tropeces
só posso oferecer-te a minha mão para que te apoies e não caias

As tuas alegrias, triunfos e êxitos, não são minhas
mas desfruto sinceramente quando te vejo feliz

Não julgo as decisões que tomas na vida,
limito-me a apoiar-te, a estimular-te e a ajudar-te, se me pedires

Não posso traçar-te limites dentro dos quais deves agir,
mas sim oferecer-te esse espaço, necessário para cresceres

Não posso evitar o teu sofrimento quando alguém te parte o coração
mas posso chorar contigo e ajudar-te a recolher os pedaços para amares novamente

Não posso decidir quem és, nem quem deverias ser
só posso amar-te como és e ser teu amigo

Nestes dias pensei nos meus amigos e amigas
não estavas nem acima nem abaixo da média

Não começavas nem acabavas a lista
não eras o primeiro nem o último

(...)

E tão pouco tenho a pretensão de ser o primeiro, o segundo ou o terceiro da tua lista

Basta que me queiras como amigo...

Obrigado por seres!